CHAMAS ARDENTES
Chamas ardentes que o vento não apaga,
Como lástima de um último desejo,
Um beijo cujas almas se abraçam apaixonadas,
Morre eternamente o tempo em nossos braços.
Suaves harmonias das imensidões,
Um encarar ao fundo aos olhos sem lua,
Vasta escuridão onde só somos,
Longe dos homens que hoje clamam perdão,
Simples consciências do entendimento do coração,
São vãs palavras para explicar cada pulso de nossos corações.
Não temeremos do medo que tenta se aproximar,
Pois seguras as nossas mãos umas as outras,
Jamais chegará o dia em que estaremos distantes,
Unidos os nossos espíritos, ungidos de amor eterno.
Silencia-se tranqüila as nossas vozes perante o sono,
Pois não calarão os nossos cantos ao amanhecer,
E sim fortalecerá por todo sempre.
Vedam-se os nossos olhos ao que não nos pertence,
Nega-se os nossos passos por outros trilhares,
Que não sejam os dos nossos profundos encontros românticos,
Transbordamo-nos em sentimentos perante os ventos,
Para que estes os soprem a eternidade,
E nos deixaremos consumidos pelas chamas da paixão,
Chamas que o vento não apaga.